Embora provenha do latim exfoliare, em português a forma correta é "esfoliar" e, por conseguinte, esfoliante. Assim o rótulo deste creme está errado. A forma "exfoliante" pertence à língua espanhola e não à portuguesa.
Atualmente lemos com frequência em comunicações formais, como a acima apresentada, a expressão "somos a informar". Por nos soar estranha, questionamo-nos se esta estará correta.
Numa consulta a várias fontes que se dedicam ao estudo destas e outras questões linguísticas descobrimos que o verbo "ser" também pode ser sinónimo de "estar" e "encontrar-se" (cf. Ciberduvidas), sendo por isso válida a sua utilização em expressões como "somos a informar". Contudo, numa perspetiva pessoal, não deixa de ser curioso que esta expressão só muito recentemente tenha vindo a ser utilizada na correspondência formal.
Assim, concluimos que a expressão "somos a informar" está correta.
a) Os cientistas estão a envidar esforços para encontrar uma vacina contra o Covid-19. b) Os cientistas estão a endividar esforços para encontrar uma vacina contra o Covid-19.
A forma correta é "envidar esforços". O verbo "envidar" significa neste contexto "empregar com empenho" e surge quase sempre associado ao adjetivo "esforços". Já o verbo "endividar" tem o sentido de "obrigar a contrair dívidas".
Hoje inauguramos neste blogue um espaço dedicado a dicas sobre escrita com a ajuda de alguns especialistas. Este artigo contou com a colaboração da Master D Portugal.
Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), o desemprego entre a população jovem em Portugal era de 17,1% em fevereiro deste ano. Ou seja, há ainda um grande número de jovens a disputar uma vaga de trabalho, o que torna urgente a necessidade de adquirir uma especialização. No entanto, não basta saber, é importante mostrar que se sabe e, portanto, perceber as melhores formas de apresentar as qualidades e experiências na altura de se candidatar a um emprego.
Assim, no momento de elaborar um currículo, há algumas dicas que se deve levar em conta para entregar o melhor material possível e, portanto, destacar-se dos restantes concorrentes. Alguns centros de formação com cursos direcionados para o mercado de trabalho já realizam práticas e módulos em que essas competências são trabalhadas, como é o caso da Master D Portugal.
Todos os cursos da Master D possuem o chamado Módulo de Desenvolvimento Pessoal e Profissional (MDPP) em que, através de ferramentas e estratégias inovadoras, são trabalhados diferentes aspetos e etapas que um formando deve levar em conta na altura de se candidatar a vagas de emprego. Portanto, aprendem a elaborar um currículo, uma carta de apresentação e a simular entrevistas de emprego, tendo em conta o atual panorama de recrutamento das empresas.
Através do LinkedIn da Master D Portugal poderá acompanhar as atividades que são desenvolvidas nesse centro de formação, que já há 25 anos atua a nível nacional com centros formativos em Lisboa, Porto, Coimbra e Faro. Além de workshop, jobskill e webinar, ocorrem nesses espaços alguns eventos em colaboração com empresas parceiras, que abrem portas para que os novos profissionais capacitados criem uma boa rede de contactos. Portanto, os formandos são da opinião de que a Master D é uma instituição que colabora não só para a melhoria das capacidades profissionais, mas também pessoais.
Agora, vamos às dicas que deve ter em conta na altura de preparar o seu currículo:
Não exagere nos dados pessoais: há muitas pessoas que colocam o número do Bilhete de Identidade e a morada, por exemplo. No entanto, para ter um currículo conciso e claro, pode colocar apenas informações como: nome completo, e-mail e telefone, endereço de redes sociais ou site com portfólio, cidade onde mora e idade (opcional). São essas as informações que realmente importam para os recrutadores.
Defina a sua área de atuação: qual é a área de trabalho em que se destaca? Qual função considera ser o seu ponto forte? Especifique a sua área de atuação e deixe-a de maneira clara, se possível, no topo do currículo. Por exemplo: recursos humanos, gestão de equipa, redes sociais, tradução etc.
Qualificações e experiências profissionais alinhadas com a sua área de atuação: um curso que fez, um trabalho que realizou, um serviço voluntário que agregou para o pessoal e o profissional. Não deixe nenhuma qualificação ou experiência profissional relevantes de fora da sua lista. Elas contarão para o seu know-how e, portanto, para a sua escolha para uma vaga.
Detalhes como a formatação do currículo e o conteúdo irão depender da oferta de trabalho a que se candidata e também do seu perfil. No entanto, lembre-se sempre de valorizar as suas conquistas e de manter o foco numa área específica em que se destaque. Assim conseguirá não apenas colocar-se no mercado, mas manter-se lá por muito tempo!
Neste caso é no meio que se encontra a virtude, ou seja, a forma correta é "autoestima". De facto, como podem também ler aqui,segundo a base XVI do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, atualmente em vigor, não se emprega hífen "nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente". Assim, escrevemos "autoestima", tal como "autoestrada" ou "autoavaliação".
A forma correta é a b). Quando depois da preposição "por" se encontra um verbo no modo infinitivo, não se faz a contração da preposição com o artigo. Por isso, não devemos dizer "pelo tempo passar", mas "por o tempo passar".
Caso não houvesse verbo, poderíamos fazer a contração:
- Estamos quase no Natal e eu nem dei pela passagem do tempo.
Fonte: Tavares, Sandra Duarte, 500 erros mais comuns da língua portuguesa, 5.ª ed., Esfera dos Livros, p.196.
Quando a sopa tem falta de sal podemos dizer que está:
a) insossa b) ensossa c) insonsa
As três formas podem encontrar-se nos dicionários, no entanto, alguns linguistas só aceitam a forma "insossa" por se aproximar mais do latim "insulsu". A forma "insonsa" não é recomendada, por se tratar de um barbarismo, ou seja, uma deturpação linguística.
Além destas formas, também se admite a palavra "insulsa".
Na verdade, aceitam-se as formas "omelete" e "omeleta", embora alguns linguistas só considerem correta a forma "omeleta". Este prato típico feito a partir de ovos tem origem na palavra francesa "omelette" e, à semelhança de outras palavras como "bicicleta" ou "camioneta", ao passar ao português deverá tomar a forma de "omeleta". Contudo, o uso consagrou a forma "omelete", que é a mais usada no Brasil, e por isso podem usar-se as duas formas. Já "omolete" está errada.
Fontes:
Tavares, Sandra Duarte, 500 erros mais comuns da língua portuguesa (5.ªed.), Esfera dos Livros.
A frase correta é a da alínea a). "Sediada" vem do verdo "sediar" que significa, segundo o dicionário em linha da Infopédia, "servir como sede a" ou "estabelecer sede para". Já a forma "sedeada" tem origem no verbo "sedear" que significa, segundo o mesmo dicionário, "limparcomescovadesedas(objetosdeourivesaria)". Embora alguns linguistas defendam "sedeada", esta forma não está consagrada em todos os dicionários com esse sentido. Há também quem considere que por estar relacionado com "sede", deverá ser "sedeada", no entanto, de acordo com Sandra Duarte Tavares, no livro 500 erros mais comuns da língua portuguesa, nem todos os derivados de uma palavra mantêm a mesma vogal e o sufixo "ear" implica movimento, enquanto o sufixo "iar" já não tem esse sentido. Outro exemplo deste mesmo fenómeno é a palavra "chefe" que dá origem a "chefiar" e "chefiada".
Assim, devemos dizer:
- A empresa está sediada no Porto.
- A minha aliança de ouro foi sedeada pelo ourives.
Fontes:
Tavares, Sandra Duarte. 500 erros mais comuns da língua portuguesa (5.ªed.), Esfera dos Livros.