Neste caso a forma correta deveria ser "peão", pois o que a pessoa citada pretendeu dizer é que foi usada como uma peça de um jogo de xadrez - peão.
peão
"Pião", entre vários sentidos, designa um objeto, tradicionalmente feito de madeira, com um bico, que serve para brincar.
pião
Também se pode referir a uma inversão violenta do sentido da marcha de um veículo. Exemplo: O carro fez um pião.
Ou ainda a um movimento acrobático, a um flanco onde rodam as tropas, uma estrutura à volta da qual se constrói uma escada em caracol, um eixo de um moinho de vento e, nalgumas regiões, um marco usado para impedir, nos passeios, o acesso a veículos, entre outros significados.
Já "peão" refere-se, além de uma peça do jogo de Xadrez, a uma pessoa que anda a pé,
peão
a um soldado de infantaria, um homem que trabalha no campo, um pajem ou ainda a uma peça de ferro. No Brasil também se refere a um amansador de cavalos ou burros ou um homem, que montado num cavalo, agarra os bois com um laço, entre outros sentidos.
peão
Assim, no sentido pretendido na notícia, a palavra correta deveria ser "peão".
Embora provenha do latim exfoliare, em português a forma correta é "esfoliar" e, por conseguinte, esfoliante. Assim o rótulo deste creme está errado. A forma "exfoliante" pertence à língua espanhola e não à portuguesa.
Atualmente lemos com frequência em comunicações formais, como a acima apresentada, a expressão "somos a informar". Por nos soar estranha, questionamo-nos se esta estará correta.
Numa consulta a várias fontes que se dedicam ao estudo destas e outras questões linguísticas descobrimos que o verbo "ser" também pode ser sinónimo de "estar" e "encontrar-se" (cf. Ciberduvidas), sendo por isso válida a sua utilização em expressões como "somos a informar". Contudo, numa perspetiva pessoal, não deixa de ser curioso que esta expressão só muito recentemente tenha vindo a ser utilizada na correspondência formal.
Assim, concluimos que a expressão "somos a informar" está correta.
a) Os cientistas estão a envidar esforços para encontrar uma vacina contra o Covid-19. b) Os cientistas estão a endividar esforços para encontrar uma vacina contra o Covid-19.
A forma correta é "envidar esforços". O verbo "envidar" significa neste contexto "empregar com empenho" e surge quase sempre associado ao adjetivo "esforços". Já o verbo "endividar" tem o sentido de "obrigar a contrair dívidas".
Neste caso é no meio que se encontra a virtude, ou seja, a forma correta é "autoestima". De facto, como podem também ler aqui,segundo a base XVI do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990, atualmente em vigor, não se emprega hífen "nas formações em que o prefixo ou pseudoprefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente". Assim, escrevemos "autoestima", tal como "autoestrada" ou "autoavaliação".
A forma correta é a b). Quando depois da preposição "por" se encontra um verbo no modo infinitivo, não se faz a contração da preposição com o artigo. Por isso, não devemos dizer "pelo tempo passar", mas "por o tempo passar".
Caso não houvesse verbo, poderíamos fazer a contração:
- Estamos quase no Natal e eu nem dei pela passagem do tempo.
Fonte: Tavares, Sandra Duarte, 500 erros mais comuns da língua portuguesa, 5.ª ed., Esfera dos Livros, p.196.
Quando a sopa tem falta de sal podemos dizer que está:
a) insossa b) ensossa c) insonsa
As três formas podem encontrar-se nos dicionários, no entanto, alguns linguistas só aceitam a forma "insossa" por se aproximar mais do latim "insulsu". A forma "insonsa" não é recomendada, por se tratar de um barbarismo, ou seja, uma deturpação linguística.
Além destas formas, também se admite a palavra "insulsa".
Na verdade, aceitam-se as formas "omelete" e "omeleta", embora alguns linguistas só considerem correta a forma "omeleta". Este prato típico feito a partir de ovos tem origem na palavra francesa "omelette" e, à semelhança de outras palavras como "bicicleta" ou "camioneta", ao passar ao português deverá tomar a forma de "omeleta". Contudo, o uso consagrou a forma "omelete", que é a mais usada no Brasil, e por isso podem usar-se as duas formas. Já "omolete" está errada.
Fontes:
Tavares, Sandra Duarte, 500 erros mais comuns da língua portuguesa (5.ªed.), Esfera dos Livros.
A frase correta é a da alínea a). "Sediada" vem do verdo "sediar" que significa, segundo o dicionário em linha da Infopédia, "servir como sede a" ou "estabelecer sede para". Já a forma "sedeada" tem origem no verbo "sedear" que significa, segundo o mesmo dicionário, "limparcomescovadesedas(objetosdeourivesaria)". Embora alguns linguistas defendam "sedeada", esta forma não está consagrada em todos os dicionários com esse sentido. Há também quem considere que por estar relacionado com "sede", deverá ser "sedeada", no entanto, de acordo com Sandra Duarte Tavares, no livro 500 erros mais comuns da língua portuguesa, nem todos os derivados de uma palavra mantêm a mesma vogal e o sufixo "ear" implica movimento, enquanto o sufixo "iar" já não tem esse sentido. Outro exemplo deste mesmo fenómeno é a palavra "chefe" que dá origem a "chefiar" e "chefiada".
Assim, devemos dizer:
- A empresa está sediada no Porto.
- A minha aliança de ouro foi sedeada pelo ourives.
Fontes:
Tavares, Sandra Duarte. 500 erros mais comuns da língua portuguesa (5.ªed.), Esfera dos Livros.