A forma correta é a b). Quando depois da preposição "por" se encontra um verbo no modo infinitivo, não se faz a contração da preposição com o artigo. Por isso, não devemos dizer "pelo tempo passar", mas "por o tempo passar".
Caso não houvesse verbo, poderíamos fazer a contração:
- Estamos quase no Natal e eu nem dei pela passagem do tempo.
Fonte: Tavares, Sandra Duarte, 500 erros mais comuns da língua portuguesa, 5.ª ed., Esfera dos Livros, p.196.
Quando a sopa tem falta de sal podemos dizer que está:
a) insossa b) ensossa c) insonsa
As três formas podem encontrar-se nos dicionários, no entanto, alguns linguistas só aceitam a forma "insossa" por se aproximar mais do latim "insulsu". A forma "insonsa" não é recomendada, por se tratar de um barbarismo, ou seja, uma deturpação linguística.
Além destas formas, também se admite a palavra "insulsa".
Na verdade, aceitam-se as formas "omelete" e "omeleta", embora alguns linguistas só considerem correta a forma "omeleta". Este prato típico feito a partir de ovos tem origem na palavra francesa "omelette" e, à semelhança de outras palavras como "bicicleta" ou "camioneta", ao passar ao português deverá tomar a forma de "omeleta". Contudo, o uso consagrou a forma "omelete", que é a mais usada no Brasil, e por isso podem usar-se as duas formas. Já "omolete" está errada.
Fontes:
Tavares, Sandra Duarte, 500 erros mais comuns da língua portuguesa (5.ªed.), Esfera dos Livros.
A frase correta é a da alínea a). "Sediada" vem do verdo "sediar" que significa, segundo o dicionário em linha da Infopédia, "servir como sede a" ou "estabelecer sede para". Já a forma "sedeada" tem origem no verbo "sedear" que significa, segundo o mesmo dicionário, "limparcomescovadesedas(objetosdeourivesaria)". Embora alguns linguistas defendam "sedeada", esta forma não está consagrada em todos os dicionários com esse sentido. Há também quem considere que por estar relacionado com "sede", deverá ser "sedeada", no entanto, de acordo com Sandra Duarte Tavares, no livro 500 erros mais comuns da língua portuguesa, nem todos os derivados de uma palavra mantêm a mesma vogal e o sufixo "ear" implica movimento, enquanto o sufixo "iar" já não tem esse sentido. Outro exemplo deste mesmo fenómeno é a palavra "chefe" que dá origem a "chefiar" e "chefiada".
Assim, devemos dizer:
- A empresa está sediada no Porto.
- A minha aliança de ouro foi sedeada pelo ourives.
Fontes:
Tavares, Sandra Duarte. 500 erros mais comuns da língua portuguesa (5.ªed.), Esfera dos Livros.
A frase correta é a b). Geminada está relacionada com "gémea" e aplica-se quando temos duas casas contíguas e iguais. Já "germinada" significa "deitou rebentos" e aplica-se ao contexto agrícola, por exemplo:
- As batatas, depois de germinadas, são colocadas na terra.
a) Os jornais têm dado muita ênfase a esse assunto.
b) Os jornais têm dado muito ênfase a esse assunto.
A frase correta é a a). Proveniente do grego émphasis, «aparência; imagem», tem atualmente o sentido de "realce", "destaque", a palavra "ênfase" é feminina. Assim deverá dizer:
- Os jornais têm dado muita ênfase a esse assunto.
Qual é a palavra que completa de forma correta a frase?
- No Inverno a minha casa não é fria, é ...
a) ...friíssima. b) ...frigidíssima.
Na verdade embora a forma b) - frigidíssima - seja mais correta, já muitos dicionários também admitem a forma friíssima. O adjetivo frio admite assim duas formas de construção do grau superlativo absoluto sintético, uma formada a partir do étimo latino "frigidu" - "frigidíssimo" - outra seguindo a regra geral, consagrada pelo uso - friíssimo. Ressalve-se que esta posição não é consensual e, por exemplo, o dicionário da Porto Editora só admite a forma "frigidíssimo".