Feminino de embaixador
- Que nome se dá a uma mulher que dirige uma embaixada?
Embaixadora é a palavra que se institucionalizou para designar a mulher que ocupa o mais alto cargo diplomático de representação de um Estado noutro, chefiando uma embaixada.
Provavelmente alguns leitores estarão a questionar-se:
- Mas o feminino de embaixador não é embaixatriz?
Sim, caríssimos leitores, embaixatriz é o feminino de embaixador, mas embaixadora também é aceite como tal. A razão deste “duplo” feminino prende-se com questões relacionadas com a tradição.
Antigamente só os homens é que ocupavam o cargo de chefia de uma embaixada. Frequentemente, os embaixadores deslocavam-se com as suas famílias, em especial com as esposas a certos eventos. Passou-se então a chamar à esposa do embaixador, embaixatriz. Ora, os tempos mudaram e o cargo já pode também ser ocupado por mulheres. Para se diferenciarem das tradicionais embaixatrizes, esposas dos embaixadores, surgiu o termo embaixadoras.
Assim, hoje a palavra embaixador tem um duplo feminino e, assim chamamos:
- Embaixatriz, à esposa do embaixador
- Embaixadora, à mulher responsável pela chefia de uma embaixada
A primeira mulher portuguesa que exerceu este cargo (na UNESCO de 1975 a 1979), Maria de Lourdes Pintassilgo, foi oficialmente designada como embaixadora. Mais recentemente, Ana Gomes exerceu o cargo de Embaixadora de Portugal em Timor e actualmente temos duas embaixadoras, uma na Nigéria e outra na Eslovénia.
Já agora, ainda no âmbito dos cargos diplomáticos, o feminino de cônsul é consulesa.